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Mipam Rinpoche sobre a força dos mantras


Pode surgir o questionamento quanto aos mantras produzidos pelos budas terem ou não a mesma força dos produzidos por Brahma e outros como ele. Há diferença entre estas duas categorias do ponto de vista das aparências, uma vez que a primeira categoria diz respeito aos mantras abençoados por budas para beneficiar os seres de acordo com suas necessidades. Os mantras que são estabelecidos neste sentido de acordo com as escrituras válidas são inigualáveis.

Além disso, pode haver a objeção de que, uma vez que todos os sons são portas simbólicas para a liberação completa, a quantidade de mantras ensinados de acordo com as necessidades dos seres também seria ilimitada. Além disso, já que as sílabas sementes são abençoadas, tudo que adviria dessas sílabas seria mantra. Porém, já que a fala iluminada do Buda, em todas as suas formas inumeráveis, não tem nenhuma parcialidade ou preconceito, qualquer coisa seria fala iluminada. Se esse fosse o caso, segue a objeção, porque a recitação de mantra teria efeitos diferentes da fala comum e assim por diante?

Os mantras, porém, são tidos como sagrados, e por isso são recitados com devoção, o que não ocorre com outras formas de fala. Além disso, se um mantra for tido como algo comum e não for reconhecido pelo que realmente é, não será capaz de produzir sua função de acordo com as intenções dos budas. Os mantras são como joias não conceituais que realizam desejos. Infundir nosso ser com as bênçãos do mantra, como a forma da lua refletida num lago, demanda a presença de devoção e outras condições que preparam o palco para as realizações espirituais do mantra. Assim como o reflexo da lua não pode aparecer sem água, os mantras não funcionam sem a presença de devoção e outros fatores semelhantes no recitador.

Ainda assim, isso não quer dizer que apenas ouvir o som do estado desperto Daquele que Se Foi [para o Nirvana] através do poder das emanações inconcebíveis do Buda seja completamente inócuo. A Intenção Fundamental de Mañjusri explica:

Recitar os mantras dos Tathagatas
É, desta forma, benéfico,
Até mesmo aqueles que de soslaio olham [para alguém recitando mantra],
Se tornaram praticantes

Assim, da perspectiva da forma que as coisas surgem convencionalmente, as bênçãos se dão uma vez que os mantras dos ensinamentos do Buda se unem com nosso próprio interesse devotado. Uma vez que as causas e condições corretas tenham se unido, as bênçãos surgem inequívocas, da mesma forma que uma planta brota assim que a semente, a água e outras condições necessárias estão dispostas, e exatamente como as bênçãos se dão quando um indivíduo de natureza pura encontra um aluno que vê ele ou ela como um ser realizado.

excerto de Luminous Essence, de Jamgön Mipham. Original retirado da Snow Lion Newsletter.

Matéria na Snow Lion Newsletter, de quando Rinpoche ampliava suas atividades nos Estados Unidos.tzal.org

Perfil: Chagdud Tulku Rinpoche (1988)

Matéria na Snow Lion Newsletter, de quando Rinpoche ampliava suas atividades nos Estados Unidos.
Trecho do livro “The Practice of Dzogchen”.tzal.org

Breve Explicação dos Doze Elos por Longchen Rabjam

Trecho do livro “The Practice of Dzogchen”.
Confissão de faltas por Shabkar.tzal.org

A agulha afiada

Confissão de faltas por Shabkar.
Poema de Guru Chowang.tzal.org

Esvaziando as Profundezas do Inferno

Poema de Guru Chowang.


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