A bolha da IA e seu conservadorismo inerente
Comentário sobre o podcast de Ed Zitron com Cory Doctorow e Brian Merchant, e de duas citações, uma de Francis M. Wilhoit e outra do capiroto, Milton Friedman.
“O conservadorismo consiste em exatamente uma proposição, a saber: é preciso que haja grupos internos que a lei proteje mas a que não se aplique, juntamente com grupos externos a que a lei se aplique, mas que não proteja.”
Francis M. Wilhoit
“Somente uma crise – real ou percebida – produz mudanças reais. Quando essa crise ocorre, as ações que são tomadas dependem das ideias que estão por aí. Essa, acredito, é nossa função básica: desenvolver alternativas às políticas existentes, mantê-las vivas e disponíveis até que o politicamente impossível se torne politicamente inevitável.“
Milton Friedman
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◦ Enzittification with Cory Doctorow & Brian Merchant, episódio comentado
◦ How The AI Bubble Bursts, episódio mencionado
◦ Tech Won't Save Us, podcast mencionado
◦ Machine learning is innately conservative and wants you to either act like everyone else, or never change, Texto de Cory Doctorow
A esfera única, Sinclair modo slow, não mais gaúcha
O encontro com a verdadeira natureza através de pontos luminosos. Reminiscências, interjeições e cantos de tempos e lugares longínquos. Como a mente produz obscurecimento intelectual pela reificação de hábitos e tendências, e pelo não reconhecimento direto. Programação wabi-sabi. COBOL, 48kb, e o efeito negativo de escolhas precipitadas. Amor de Mozimbo, nada pode nunca dar verdadeiramente errado.
Lolita, vítima da cultura
Jamie Loftus e seu podcast de mais de 10 horas sobre o clássico esteticista “Lolita”, e seu impacto na cultura, cinema, teatro, música, estética, moda e em como ainda tratamos a vítima no abuso sexual de menores.
Deus está vivo nas fibras óticas
Se por um lado nos horrorizamos perante o aprendizado de uma criança que nasceu depois das redes sociais vai ter que ter com o uso sempre público de sua imagem, com a urgência do desenvolvimento de critérios do que postar ou não – porque fica tudo registrado para sempre, e tudo pode servir para embaraçar, não empregar, julgar de todas as formas enfim – por outro lado isso não recuperaria exatamente um certo tipo de consciência moral pública que perdemos em certa medida com a morte de Deus?
Radicalização política e IA
A polarização política intensa tem uma explicação e uma causa: a manipulação por engenharia psicológica e publicitária em redes sociais. Se em 2016 o escândalo Cambridge Analytica mostrou o Facebook fazendo experimentos psicológicos com a massa de usuários e vendendo big data pelo melhor preço, o que elegeu Trump e seu correspondente inominável no Brasil, agora temos tudo isso e mais IA. Uma IA cada vez mais sedenta de energia, em tempos que deveríamos estar pensando em decrescimento, e que flerta com um futuro cada vez mais dependente da energia nuclear.
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