Recomendações para quem quer iniciar no budismo
◦ Não participe de grupos de discussão budistas na internet. O volume de desinformação, perda de tempo e desvirtude de fala é imenso, superando em muito qualquer pequeno benefício que advenha dali.
◦ Não se torne um “budista de internet”.
◦ Não ouça ensinamentos de qualquer um, busque gente realmente qualificada. Como avaliar um professor budista.
◦ Procure as comunidades budistas de sua região, e programe-se para fazer um retiro curto de alguns dias. Se necessário, programe-se para viajar para tal fim. Estes são alguns professores e centros de darma que recomendo.
◦ Não leia sobre budismo desordenadamente. Procure alguns poucos livros introdutórios e os releia várias vezes, refletindo em posição de meditação formal sobre certos parágrafos ou capítulos destes livros. Os livros que recomendo são Portões da prática budista de Chagdud Tulku Rinpoche, e O que não faz de você budista? de Dzongsar Jamyang Khyentse. Ambos rendem vários anos (pelo menos, no mínimo, três anos) de reflexão. Não comece pelos textos raiz (sutras e comentários antigos), coma o mingau pelas bordas! Vai ser necessário muito convívio com a comunidade budista, ouvir muitos ensinamentos e fazer perguntas, e fazer muita contemplação para chegar nos textos raiz do budismo e ser capaz de aproveitar bem. Muitas vezes as pessoas querem “o mais antigo”, mas esquecem que é muito fácil interpretar equivocadamente um texto parado no papel, que muitas vezes tem questões de tradução e que foi escrito para outro contexto, a que absolutamente não temos acesso.
◦ Não faça sessões longas (mais de 20min) de meditação formal ou dessas reflexões formais. Se você tiver uma hora para fazer prática, faça 3 sessões de 15 minutos com intervalos de 5 minutos em que você faz alongamentos, ou simplesmente descansa fora da postura. O importante é fazer todos os dias, mas não muito tempo, um compromisso diário de uma hora é talvez demais. Comece com 5 minutos por dia, sem falta. Você só vai realmente aprender a fazer prática formal quando a fizer em grupo, ao longo de vários dias, é bom começar a treinar a consistência deste já.
◦ Não ache que você vai entender as diferenças entre as muitas tradições budistas para então depois escolher qual é a mais compatível. Você pode até estudar, mas o que determina se você tem mais ou menos conexão com uma forma ou outra do budismo é seu mérito (seu carma), não sua compreensão intelectual. Então é preciso frequentar os centros mais recomendados, acessíveis e os que chamam sua atenção.
Outros links de interesse
◦ Recomendações de livros sobre budismo, artigo em tzal.org.
◦ Centros de darma que recomendo, artigo em tzal.org.
◦ O que é prática budista?, vídeo no canal Tendrel sobre as três excelências.
◦ Recomendações para a prática budista, artigo em tzal.org.
◦ A prática do altar, texto de Padma Dorje em tzal.org.
◦ Como fazer a prática do altar, vídeo no canal Tendrel.
◦ Prostrações: refúgio em corpo, fala e mente, vídeo no canal Tendrel.
◦ Prática formal e informal, vídeo no canal Tendrel.
◦ O espaço e o tempo da prática, artigo em tzal.org.
◦ O que é um retiro?, vídeo no canal Tendrel.
◦ Sobre minha prática, vídeo no canal Tendrel.
◦ Práticas preliminares (ngondro), vídeo no canal Tendrel.
Docetismo, impermanência e natureza de buda
O grande veículo ensina que o Buda não precisava ter morrido, mas que manifestou a impermanência de seu corpo para dar um ensinamento àqueles fixados na perspectiva inferior. O Buda, “Aquele que Despertou” é impermanente? E caso não seja, não estaríamos divinizando a figura de nosso professor, o transformando numa espécie de deus com superpoderes?
Em busca do “budismo original”
Entre as muitas concepções equivocadas sobre o darma, algumas estão relacionadas a visões historicistas dos ensinamentos. Por exemplo, por cerca de quase dois séculos se acreditou, devido ao trabalho de eruditos e entusiastas ocidentais, que o cânone em páli, um conjunto de escrituras budistas preservado pela tradição Theravada, fosse o mais próximo dos primeiros registros escritos dos ensinamentos do Buda. Isto porém, foi refutado por evidências arqueológicas. Quais as implicações desta novidade para o praticante ou admirador dos ensinamentos do Buda?
Notas sobre o Encontro Ocidente e Oriente na PUC-RS
Apresentação que fiz sobre algumas das distorções do budismo.
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