Artigos encomendados
Escrevo artigos sob encomenda, com pauta a discutir dentro de uma boa gama de assuntos, por 30 centavos a palavra1Contadas pelo Microsoft Word. O contrato é pelo número mínimo de palavras, o que eu escrever acima disso fica por minha conta, a não ser que o cliente queira estabelecer um limite superior.. Forneço direitos ilimitados não exclusivos de publicação2Isto é, o contratante pode publicar o texto no meio contratado pelo tempo que entender, em quantas edições quiser (caso seja material impresso), e eu reservo o direito de vender o texto para outros veículos — por gentileza em geral consulto o contratante antes de fazer isso, para evitar algum dano no relacionamento, especialmente se este for contínuo., respeitada a autoria3Esta não é uma oferta de ghostwriting! Não faço monografias, dissertações, teses ou temas de casa que não sejam assinados com meu próprio nome — e que não fiquem publicamente disponíveis sob meu nome!. Contatos pelo e-mail.
(Além da oferta de trabalho como articulista, há outras formas de promover este site e meu trabalho como escritor, tradutor, músico, professor e palestrante.)
Abaixo estão listados 138 de meus trabalhos remunerados como articulista, escritos a pedido do Papo de Homem4Por que escrevi para o Papo de Homem, e por que não escrevo mais., Editora Lúcida Letra e Buda Virtual.5Os 13 artigos que escrevi para o Portal Homem da Natura saíram do ar, mas em breve os publicarei na forma de livro Sobre o uso dos textos abaixo, favor consultar as respectivas publicações. Os artigos listados abaixo somam em torno de 400.000 palavras.
Não é adequado simplesmente copiar e colar o texto em seu site/blog. O Google não gosta disso, e assim diminui o ranking de páginas que surgem repetidas, tanto a sua quanto a minha. Porém, com autorização dos editores e do autor, os textos podem ser em alguns casos reutilizados em publicações. Você pode, é claro, livremente no seu próprio site/blog, citar um ou dois parágrafos, linkar para o texto no site original e adicionar, ou não, um comentário. Quanto a isso nada obsta. E, por favor, compartilhe à vontade esses links em redes sociais.
Brincadeira de Criança
O caminho budista também faz parte da ilusão.
O que é ser um bom praticante
Essa resposta tem três partes. A primeira coisa a esclarecer é a tradição budista, mas particularmente tibetana, de autorrebaixamento. Então é preciso dizer um pouco sobre proporções e magnitude, e o fato de se estar satisfeito com a própria prática ser visto como um obstáculo. Enfim, é preciso explicitar a diferença, que existe apenas para iniciantes como eu, entre prática formal e prática informal, e talvez tentar dizer o que é efetivamente prática para um iniciante.
A Crença Infundada em uma Realidade Externa
Na visão budista o realismo muitas vezes é afirmado como uma crença injustificada, e uma forma aguda de ignorância. Como pode isso? Como a refutação de algo tão essencial a quem tem olhos, ouvidos, etc., surgiu por adaptação evolucionária e produziu linguagem pode ter uma variante não patológica?
“Ninguém Consegue ser Tão Puro” — Moralismo, Radicalismo e Atrofia Ética
Com a morte de Deus no séc. XIX, a paulatina ressignificação da ética e do sentido acabou levando, por um lado, ao liberalismo amoral pseudo-darwinista e individualista (“a promoção da competição entre as pessoas deixa a sociedade mais eficiente e justa”), e por outro, a uma tentativa construção de “ética secular”. Isso acabou colocando o ensinamento empírico e ateísta do Buda na posição incomum de única panaceia infalível com relação a esses dois extremos. No entanto, na mentalidade corriqueira, o budista é visto como um perfeccionista moral – de quem tanto se cobra as mais absurdas santidades, quanto de quem, por isso mesmo, se naturalmente desconfia como necessariamente hipócrita. Esses extremos, no entanto, são apenas óbvios frutos do julgamento precipitado de ignaros levianos e crentes do lugar-comum.
“O Livro Tibetano dos Mortos” como apropriação cultural
Não existe “livro tibetano dos mortos”. O texto a que se deu esse título não foi escrito com necessariamente os mortos em vista, nem é tibetano no sentido de ser aceito por toda a cultura tibetana – ou de ter, no escopo geral do budismo tibetano – toda essa relevância que a modernidade parece ter dado a ele. O que aconteceu então?
Docetismo, impermanência e natureza de buda
O grande veículo ensina que o Buda não precisava ter morrido, mas que manifestou a impermanência de seu corpo para dar um ensinamento àqueles fixados na perspectiva inferior. O Buda, “Aquele que Despertou” é impermanente? E caso não seja, não estaríamos divinizando a figura de nosso professor, o transformando numa espécie de deus com superpoderes?
Em busca do “Budismo Original”
Entre as muitas concepções equivocadas sobre o darma, algumas estão relacionadas a visões historicistas dos ensinamentos. Por exemplo, por cerca de quase dois séculos se acreditou, devido ao trabalho de eruditos e entusiastas ocidentais, que o cânone em páli, um conjunto de escrituras budistas preservado pela tradição Theravada, fosse o mais próximo dos primeiros registros escritos dos ensinamentos do Buda. Isto porém, foi refutado por evidências arqueológicas. Quais as implicações desta novidade para o praticante ou admirador dos ensinamentos do Buda?
Simplicidade e budismo
Muitas pessoas têm uma visão estereotipada do budismo, firmada incessantemente pela indústria do entretenimento e publicidade, bem como pelas ondas de distorção de que já tratei em outros textos. Um dos aspectos dessa visão romântica e equivocada dos ensinamentos é a que eles estejam voltados a um tipo específico de simplicidade: um despojamento minimalista que envolveria o ambiente, o corpo e a cabeça. Em outras palavras, ambientes vazios, vidas quietas, poucas ideias. Isso confere?
A noção de materialismo espiritual como desculpa
O ego pode se apropriar até mesmo das ferramentas que mais diretamente surgiram para enfrentá-lo.
A abordagem que dissipa o samsara
O conceito de samsara é um dos mais importantes no budismo, de fato, o mais importante no início do caminho. Ainda assim, ele é um conceito facilmente mal entendido.
Budismo, Soro Antifilosofídico
Sobre a relação do budismo com a academia, em particular com a filosofia e a psicologia.
Isaac Asimov, pai dos nerds
Em 1985, quando ganhei alguns trocados de minha vó, fui até a hoje extinta labiríntica, enorme e respeitável Livraria do Globo, na Rua da Praia, num prédio onde também ficava a Editora Globo, fundada por Érico Veríssimo, disposto a comprar um livro.
Budismo sem Sombra
Muitas terapias e formas de ver o mundo parecem ensinar que precisamos reconhecer e fazer amizade com o que seria nosso “lado negativo”, e que isso seria parte da cura e de se tornar uma pessoa “inteira”. Para o budismo, no entanto, toda a negatividade é aparente, e, portanto, inerentemente falsa. Como podemos evitar cair no extremo de acatar o engano, ao mesmo tempo sem desenvolver uma visão “poliana”, que esconde a sujeira para debaixo do tapete?
Como avaliar um professor budista
Como podemos checar as qualificações de um professor e entender a dimensão da relação possível com os mestres (gurus, lamas, professores, amigos espirituais etc.)
Por que budista não mata barata?
Qualquer ser – até mesmo uma barata – pode ser fonte de infinita alegria e mesmo de grande sabedoria, caso estejamos dispostos a encarar a realidade, abandonemos crenças arraigadas absurdas, e nos acostumemos com a receptividade natural da mente.
Isto é um sonho: metáfora e realidade no budismo
Uma das ideias centrais do budismo mahayana é que tudo que vivenciamos é como um sonho. Qual a diferença entre dizer que tudo é como um sonho ou que tudo é simplesmente um sonho?
Leitura e a relação com o texto no budismo
Como aproveitar melhor os textos budistas? Nossa relação com a palavra escrita mudou muito com o tempo.
Spoilers do darma: arruinando a própria prática (e a dos outros)
Por que devemos ser discretos com certos ensinamentos, e qual é o sentido do segredo no budismo.
Budismo e terapia
Qual a relação do budismo com a noção de terapia? Como práticas terapêuticas podem se coadunar com a prática do darma? Qual a diferença entre a motivação correta para buscar o darma e a motivação para buscar ajuda para questões pessoais?
A beleza da futura Dalai Lama: budismo e feminismo
Embora o budismo tenha ao longo de sua história muitas vezes corroborado visões machistas , há também motivos para regozijar com a presença do feminino na tradição.
O conceito de mérito no budismo
O termo “mérito” no contexto budista não diz respeito a “meritocracia” e outras noções ideológicas, mas ao que se refere exatamente?
Nojo pelo nirvana: o bodisatva e a intenção iluminada
Segundo Shantideva, os bodisatvas precisam sentir ânsia de vômito ao pensar no nirvana. Por que isso?
Como lidar com a cultura e o entretenimento enquanto budista
O budismo consiste de uma série de treinamentos que visam deixar a mente receptiva para uma análise final da realidade. Como a cultura e o entretenimento podem ajudar ou prejudicar nessa empreitada?
Budismo e mistificação quântica
"É física quântica, bichinho." O que há de distorções e verdades na relação entre os dois assuntos?
O clássico cortante: Além do Materialismo Espiritual
Um texto para o relançamento do livro seminal de Chogyam Trungpa Rinpoche, com uma explicação dos três bárbaros do materialismo (materialismo convencional, psicológico e espiritual).
Continuidade no darma: keep going
O que está por trás da expressão “keep going” que S. Ema. Chagdud Tulku Rinpoche sempre utilizava? Texto escrito para comemoração do aniversário de Chagdud Rinpoche em 2016, 13 anos após seu parinirvana.
O treinamento da mente e o esplendor
Como evitar o pacto de mediocridade com o mínimo denominador da cultura e desenvolver interdependência com o que é auspicioso?
Mingyur Rinpoche, o professor da estabilidade adamantina
Elegia ao professor, uma breve explicação de seu nome e da natureza de seu retiro andarilho.
Religião, Ciência e Multiculturalismo
O budismo muitas vezes pode não ser o ensinamento mais adequado para todos? O que isto implica?
Religião Não se Discute
Será mesmo? Talvez não em qualquer lugar, com qualquer pessoa...
Superando as preferências: liberdade perante os automatismos
Entre acharmos que já somos livres e nos acomodarmos, ou encontrarmos o desespero e o autoengano perante os obstáculos internos, o que o budismo fala da escravidão a estruturas mentais?
A prática do altar
Cada vez mais encontramos pessoas que se consideram praticantes mas nem cogitaram ainda ter um altar em casa. Como corrigir isso?
A proposta secular do Dalai Lama
Sua Santidade explora uma versão mais ampla de secularismo, como expressa no livro Além de Religião.
Internet capada: a escassez artificial das teles
Quais as motivações mais profundas da problemática de inserir a questão da franquia de dados nos planos de internet no Brasil?
Para o budismo, só o Buda salva?
Uma visão panorâmica e crítica da tendência universalista predominante (a ideia de que todas as religiões dizem as mesmas coisas com outras palavras), em contraponto aos ensinamentos budistas tradicionais que dizem respeito aos “três defeitos do pote”.
Prática formal e ajudar o mundo, uma falsa dicotomia
Budismo engajado implica que exista budismo não engajado: budismo focado numa prática que não beneficia os outros existe?
Verdades que Matam (Talk Radio, 1988)
Sobre o filme de 1988 dirigido por Oliver Stone e protagonizado por Eric Bogosian.
Apocalipse agora: como a religião influencia a política
A relação do pensamento apocalíptico com o conservadorismo.
Eternalismo, niilismo e outros extremos
Quando falamos em Caminho do Meio no contexto budista, podemos estar nos referindo a várias coisas. Neste texto examino aspectos da polêmica budista em torno de extremos filosóficos e como lidar com eles.
Intempéries Portoalegrenses
Minha relação com tempestade ocorrida em Porto Alegre em janeiro de 2016.
Crispin Glover e a Via Negativa
Teologia medieval e George McFly, como encontrar alguém através do que ele não é.
Seriam os reinos budistas apenas metáforas?
Muitas vezes os professores do darma, em particular no ocidente, adotam uma interpretação psicológica quanto aos elementos budistas menos palatáveis ao gosto moderno, principalmente quando tais aspectos parecem desafiar as superstições materialistas prevalentes. Mas é mesmo preciso acreditar na existência efetiva de vários céus e infernos para praticar o darma? Os reinos de sofrimento, as terras puras e seus habitantes realmente existem de acordo com as expectativas e valores da Índia medieval – rios de lava ou leite com mel, palácios e adereços próprios das monarquias védicas, e criaturas tais como yakshas, rakshasas, gandarvas, nagas e pretas?
Glamourização do hedonismo
O "paradoxo do hedonismo” é descrito como o fato de que a busca pelo prazer, não é em si, fonte de prazer. A sociedade moderna com sua propaganda incessante tornam o consumo um ciclo vicioso, e um exemplo disso, com o consumo mais conspícuo de todos, é O Comedor de Ópio, de Thomas De Quincey.
Além dos conceitos: o intelecto visto como obstáculo
Nem toda forma de conceitualidade é ruim, nem toda forma de não conceitualidade é boa. As armadilhas dos estereótipos ligados ao pensamento asiático e ao budismo.
Easy Rider: o espírito independente do transcendentalismo
Como a independência do transcendentalismo foi cooptada como produto e vendida como parte do american way of life.
Chogyam Trungpa e o budismo da louca sabedoria
Promovendo o lançamento da tradução, uma elegia a Trungpa Rinpoche.
Criticar o capitalismo não é coisa de comunista
Porque criticar o capitalismo vai além de querer substituí-lo pelas experiências fracassadas de socialismo/comunismo no séc. XX.
Budismo de museu versus budismo descolado
Adaptar o budismo à modernidade ou preservar os ensinamentos? Uma falsa dicotomia.
O mistério como desculpa
A proximidade contraintutiva entre razão e emoção.
Filosofia da linguagem e vacuidade
O que Buda e Wittgenstein têm em comum? Uma breve comparação da noção de vacuidade como exposta pela prasangika madhyamaka e o segundo Wittgenstein.
O Zen Canalha de Steve Jobs
A principal ideia de zen que dominou a cultura, e influenciou Jobs, é uma distorção dos ensinamentos do Buda, e intensifica a alienação dos consumidores e a relação das pessoas com o mundo por promover ativamente a indiferença.
Buda Rebelde: minha experiência de tradução do livro e algo sobre as quatro confianças
A Editora Lúcida Letra me convidou para escrever algumas palavras sobre um ensinamento contido na pág. 168 do livro, “As Quatro Confianças”.
Rumi: amor sensual e devoção pelo amado
Que o amado se desgrace, seja louco, perca a cabeça. // Um sóbrio se preocuparia com um final infeliz. Que o amado seja o que é.
Borges, autor de Borges
O conundrum de Borges em meio a uma louvaminha do autor.
Dificuldades na tradução do darma
Um panorama amplo da situação da tradução budista para línguas ocidentais, em particular para o português, com algumas discussões pontuais.
A húbris científica
A ciência anda confiando demais no próprio taco, projetando uma sombra sobre o futuro.
Existe budismo sem renascimento?
Renascimento no budismo já não era um tópico fácil antes da cultura ser predominantemente materialista. O que o renascimento ainda pode nos ensinar?
Romantismo à moda antiga
O que o romantismo (oitocentista) ainda tem a nos dizer, se é que tem?
Ventos uivantes: o fascínio da intensidade gótica
O que significa ler hoje? Como a angústia e a repressão vitorianas ainda podem nos tocar?
Materialismo: não chega nem a estar errado
A visão predominante hoje é o materialismo, mas ele tem algum embasamento?
Filosofia de mesa de bar
Uma série de pegadinhas sobre a dicotomia analítico/continental.
8 séries da comédia na TV britânica
Resenha de alguns sitcoms e programas de quadros humorísticos ingleses.
Uma breve história do budismo
No Saga Dawa (período onde se comemora o nascimento, iluminação e morte do Buda Sakyamuni) 2015 surgiu o convite de escrever uma história do budismo apertadinha em 3500 caracteres.
Desigualdade, Mané
Tem gente que ainda acha que o aumento crescente da desigualdade não é um problema a ser solucionado. Gente que é Mané, claro.
“Iluminação” e outras luminosidades budistas
De onde vem o conceito de iluminação no budismo? O que é a iluminação, e quais as outras metáforas de luz na tradição budista?
Revisitando a Zona
Mais uma elegia ao filme Stalker, de Andrei Tarkovsky.
O erro como possibilidade
Uma bobagem de autoajuda que escrevi quando estava passando meio mal e já tinha postergado o prazo de entrega vários dias.
A derrocada do “faça você mesmo”
Como cada vez mais as empresas (especialmente as de tecnologia) impedem a modificação e livre utilização de seus produtos.
O cinzeiro sujo da alma, uma reflexão sobre o noir
A sujeira humana superestilizada do noir e porque ela nos atrai.
Os gatinhos fofinhos tomaram a cultura de assalto
De parasitas que nos controlam à internet livre, porque os gatos repentinamente ficaram tão mais importantes?
A Iniciação de Kalachakra
Em 2015 a iniciação de Kalachakra foi oferecida pela segunda vez no Brasil. O que é uma iniciação para o budismo tibetano? O que representa essa iniciação em particular?
A comoditização do tempo
“Tempo é dinheiro” não é uma afirmação, é um conjuro do capitalismo.
Cadê a sátira?
A sátira no Brasil morreu com Machado de Assis.
A prática do boicote num mundo interligado
Por que hoje faz mais sentindo boicotar as corporações do que votar?
11 filmes que vi quando criança e me impressionaram
Alguns filmes inusitados de se recomendar em plenos 2015 anos DC.
A propaganda da liberdade
Incontinência/acrasia e a questão da ênfase de nossa sociedade na suposta “liberdade” individual.
A comunicação perfeita é possivel?
O problema da comunicação é a semântica, e a semântica diz respeito ao problema difícil da consciência.
Três grandes ondas de distorção do budismo no ocidente: 1a. onda, a distorção dos filósofos
Como os primeiros contatos do budismo com o iluminismo e a filosofia de Schopenhauer deixaram marcas que vivem até hoje na visão popular e acadêmica, e sobretudo na produção textual sobre o assunto em línguas ocidentais.
Três grandes ondas de distorção do budismo no ocidente: 2a. onda, a distorção dos românticos
Neste artigo são apresentadas distorções causadas pelo romantismo alemão/inglês, com viés no misticismo e universalismo da Teosofia e no irracionalismo de D.T. Suzuki. Ambas as distorções foram intensificadas pelo trabalho de C. G. Jung.
Três grandes ondas de distorção do budismo no ocidente: 3a. onda, a distorção dos descolados
Neste artigo são apresentadas distorções causadas pelo conexão dos beatniks e hippies com o budismo, bem como os desafios do darma numa cultura de capitalismo global.
22 artigos que podem incrementar sua inteligência
Um valor ambíguo, que talvez possa ser incrementado. E que mesmo assim não é livre de problemas.
Cozinhar em casa é um ato político
Pilotar o fogão é assumir responsabilidade pelo que se come, e tentar se envolver com uma cadeia produtiva cada vez mais anônima.
McMindfulness: meditação com marca registrada
O que está por trás do uso insistente do termo “mindfulness” em termos de meditação, particularmente em modalidades seculares, e como ela se tornou um produto do supermercado espiritual.
Como aprendi inglês
Reminiscências sobre meu aprendizado da língua durante as décadas de 80 e 90, quando o material em inglês não era tão facilmente acessível.
Pega aí, pós-modernidade do relativismo linguístico
A língua que falamos altera a estrutura de nosso pensamento? Os altos e baixos da teoria da relatividade linguística, entrando em algumas conexões inusitadas com filosofia e literatura.
O sinistrismo inexorável da política
A direita ainda tem algo a dizer? Algum futuro intelectual, algum poder fora o financiamento de campanha?
A rara virtude do ostracismo ativo
Há coisas que merecem justamente nem mesmo ser criticadas. Ou, se as vamos criticar, precisamos algumas vezes cuidadosamente desvincular o objeto criticado de forma que ele não se torne ironicamente um trending topic.
31 links para entender coisas que você ainda não entendeu
Fatia de um pouco mais de uma semana de curadoria de links, com breves comentários.
Como e por que incomodo o leitor
Reflexão sobre minha atividade como homem bomba conceitual. Haters gonna hate.
Imperfeição como adorno da perfeição
Reflexão sobre cultura da obsolescência, wabi-sabi, e as dimensões éticas e estéticas da imperfeição como um valor ético/estético.
As premissas injustificadas da ciência
A maioria de nós acredita que as trevas do pensamento supersticioso e irracionalista, em que a vontade se confunde com realidade, foi absolutamente superado pela ciência. Porém, até que ponto a ciência realmente explica as coisas, e ela pode superar ou substituir de fato o sentimento religioso e prover sentido para a vida humana? Isso é uma pretensão verdadeiramente científica ou apenas expectativa de seus seguidores menos esclarecidos? Mais do que isso, o quanto ainda persiste de irracionalista na própria ciência?
O que é caráter?
O que seria ter caráter? Quando se tem caráter é possível perdê-lo? Há situações em que temos caráter e outras em que não? Isso nos torna possuídores de meio caráter ou de nenhum caráter?
Outsiders: aberrações gentis, 3 filmes
O Homem Elefante, Marcas do Destino e Freaks de Tod Browning analisados sob a perspectiva da tensão entre o pertencimento e a personalidade outsider.
A autenticidade e o exemplo imperfeito de Oscar Wilde
Oscar Wilde escreveu muitas vezes sobre autenticidade e duplicidade, sua vida espelha um bocado essa dicotomia.
Nacionalismo e patriotismo não fazem mais sentido
Depois da Segunda Grande Guerra o declínio dos ideais patrióticos é claro, porque isso ocorre e quais as consequências disso?
Bom gosto, o que é e por que desenvolver
Depois de escrever sobre economia da atenção e algumas questões pontuais de estética (ironia, elitismo, epifanias, a cultura da autoajuda) neste texto as duas áreas são combinadas.
Como baixar torrent, passo a passo
Algumas vezes encontramos pessoas que ainda não sabem fazer download por torrent, e que acham mais fácil preencher um formulário, com informações de cartão de crédito, do que seguir os quatro simples passos necessários para fazer um download por p2p. Este texto tem uma segunda parte.
Autoajuda quem?
Uma análise crítica do fenômeno pós-moderno do “desenvolvimento pessoal” como indústria e objeto de consumo.
Adam Curtis: dois documentários imprescindíveis
A BBC, como veículo de estado, e um estado com o maior histórico colonialista já visto, curiosamente persiste provocadora. Adam Curtis é o maior expoente da geração atual de documentaristas ingleses.
Meu apartamento tem senzala
Você já parou para refletir sobre o que é uma “dependência de empregada”? Em certo sentido, talvez seja um exagero comparar um assalariado que mora no local de trabalho por conveniência a um regime de escravidão. Por outro lado, talvez a comparação seja interessante.
Emoção vicária, empatia e compaixão
Podemos nos engajar com os outros seres e o mundo externo de três formas convencionais e de três formas extraordinárias. As convencionais são: indiferença, aversão e interesse. As extraordinárias são empatia e compaixão.
Arte e psicanálise, a cultura molestada por Freud
Sobre a relação de via dupla da psicanálise com a arte, e algum comentário sobre a não relevância da psicanálise hoje.
Superman III: uma resenha
Alguns comentários nostálgicos sobre um verdadeiro lixo enlatado do kitsch capitalista.
O Cubo de Necker no texto: polissemia, linguagem crepuscular e lógica paraconsistente
Vários dos meios hábeis extraordinários que podem ser utilizados na sátira e outras formas textuais holográficas.
Por que “A Serious Man” é um de meus filmes favoritos
Serei eu suficientemente judeu para captar esse filme? É preciso entender a alma judaica para aproveitar bem esse filme?
5 filmes sobre Jesus Cristo
Embora tenha cursado o ensino fundamental numa tradicional escola católica de Porto Alegre, nunca cheguei a me considerar cristão. Aqui comento 5 filmes sobre Jesus dessa perspectiva inusitada.
Mais sobre teleologia: o gênio/demônio
A faísca que arde em cada um em inúmeras metáforas ao longo da história, evocando o fantasma na máquina e outras pirações dualistas, é a ideia de que haja um substrato transcendente operando simultaneamente com o autômato pavloviano-genético que conhecemos cotidianamente.
Breve ruminação hiperbólica de alguns clichês teleológicos
Tudo tem um plano? As coisas acontecem por que precisam acontecer? Nada é por acaso? E se o sentido da vida for mesmo 42? Você não tinha nenhuma chance senão ler esse texto.
Nostalgia nuclear
Dificilmente alguém pensaria num trauma sob o aspecto de saudade ou nostalgia, a não ser que tempo suficiente tenha passado.
Breaking Bad na semântica
Um amigo perguntou como traduziria o título da série "Breaking Bad".
7 documentários (e uns filmes) sobre seitas e falsos gurus
No livro Feet of Clay (“Pés de Barro”) Anthony Storr examina as características psicológicas que levam ao extremo carisma combinado com comportamento narcisista, psicopata ou criminoso de vários líderes (especialmente religiosos, mas não só). Aqui alguns documentários sobre seitas bizarras e líderes patológicos.
Capitalismo: vamos então gameficar pra valer?
Qual poderia ser uma crítica produtiva com relação ao capitalismo? Até onde vai e até onde pode ir a abstração do “livre mercado”? Nos jogos de computador, há um esforço consciente para manter a jogabilidade e se adaptar a capacidade do jogador, não seria essa a função última da regulação?
11 documentários que você precisa assistir para entender o mundo hoje
Quando a complexidade de um grupo de entidades aumenta, as relações sinergéticas podem vir a produzir o que se define como “emergência”. Esta é uma propriedade do grupo que não pertence e não pode ser encontrada em nenhuma das partes.
Inteligência coletiva como processo emergente
Quando a complexidade de um grupo de entidades aumenta, as relações sinergéticas podem vir a produzir o que se define como “emergência”. Esta é uma propriedade do grupo que não pertence e não pode ser encontrada em nenhuma das partes.
Deus está vivo nas fibras óticas
Se por um lado nos horrorizamos perante o aprendizado de uma criança que nasceu depois das redes sociais vai ter que ter com o uso sempre público de sua imagem, com a urgência do desenvolvimento de critérios do que postar ou não – porque fica tudo registrado para sempre, e tudo pode servir para embaraçar, não empregar, julgar de todas as formas enfim – por outro lado isso não recuperaria exatamente um certo tipo de consciência moral pública que perdemos em certa medida com a morte de Deus?
A inútil luta com os galhos: o governo como boneco de Judas
Esse fato muito real escapa à maioria das pessoas que falam sobre o assunto: espera-se idoneidade moral de um político, mas não se desafia a ideia de que essa idoneidade não é possível com os grupos de interesse econômicos ativos neste momento no mundo – afinal, políticos isentos não recebem os apoios imprescindíveis para se eleger e “operar” o jogo político.
Antes de tudo, o inglês
O que essa pessoa pensa que está fazendo, querendo estudar esse assunto intrincado sem ao menos dominar o feijão com arroz do mundo atual, que é o inglês? Será que ela acha que, sei lá, programar computadores ou entender Descartes é mais fácil do que aprender inglês?
Incomensurabilidade e diferença
O que quer dizer que somos iguais, homem e mulher, árabe e polonês? O que nos faz diferentes e o que essa diferença significa?
Big Data: a análise monstra de um oceano de dados
Mas qual seria a diferença entre a big data e os processos de análise usuais, senão maior quantidade e talvez velocidade? Não será esse termo apenas mais uma buzzword do mundo da tecnologia que se mostra vacuosa após um período intenso de uso?
Dissecando a honra
A morte da honra e de um lastro mais sólido de valor na comunidade é, assim, por qualquer ângulo, intensamente transformadora, mas sem qualquer determinação no sentido de o quanto isso pode ser bom ou ruim. O desafio atual, ainda assim, segue em linhas semelhantes a nossos problemas ancestrais: como coadunar imagem e essência, indivíduo e coletividade.
Philip K. Dick e a paranoia gnóstica
K. Dick não só descreve e critica o mundo enganoso da supercorporação, ele é também produto do wasteland infinito da América suburbana dos shopping centers de brilho gasto, pedindo reforma, que hoje são simplesmente nossa cultura globalizada por todo lado.
Como e por que escrevo
Os labirintos bizantinos de sentido e expressão sucessivamente passando da reificação para a fluidez da dúvida, e de volta para algum nível de reificação rearranjados. Há uma estética na composição textual de qualidade que é matemática e poética simultaneamente.
Suicídio: sem justificativa
Em nossa cultura cada vez mais secular, o suicídio é progressivamente menos julgado como uma questão moral, de ação e deliberação: torna-se o mero produto de uma doença. Isso com certeza tem o lado positivo de poder ajudar a família a encontrar algum tipo de consolo, já que, ao menos em grande parte, as questões de saúde estão fora de seu controle. Mas, por outro lado, não lida com os fortes impactos culturais desta ação.
Você é um deficiente tecnológico?
Precisaremos ainda algumas décadas para analisar com imparcialidade as mudanças que ocorreram entre 1980 e 2010. A tecnologia da informação causou tantos impactos num período tão curto que todos nos sentimos ligeiramente perdidos quanto a esta ou aquela tendência, enquanto elas se sobrepõem ou contrapõem em rápida sucessão.
Ironia rasteira e ironia trágica
Quando cursei filosofia, meu interesse se voltou para os comentários de Kierkegaard sobre a ironia Socrática. O que me interessava na ideia de uma ação filosófica como primeiramente irônica vinha de uma experiência pessoal, em vários âmbitos, onde eu frequentemente percebia uma assimetria abismal entre duas pessoas tentando se comunicar.
Som: entre a fidelidade e a nostalgia
Você com certeza já se deparou com aquele defensor do vinil, dos amplificadores valvulados, com aquele crítico do som digital, mas será que é assim mesmo? Qual o fundamento para a preferência de um ou outro formato? Qual é objetivamente melhor?
Epigenética: além da competição por recursos
Será que a natureza nos ensina algo? Não teríamos substituido a confiança em Deus pelas interpretações biológicas, muitas vezes com viezes ideológicos? O que podemos aprender com a história do darwinismo?
Kurt Vonnegut Jr.: elegia ao humano
E então o sujeito no 138 disse: “Você gosta de Isaac Asimov e Monty Python? Puxa, você não conhece Kurt Vonnegut Jr.? Você vai adorar, ele tem um humor seco, e uma imaginação fantástica. Mas procure ler em inglês, porque o humor dele não passa bem na tradução.”
Slavoj Žižek: Velhacaria Hipster
Sobre o charlatanismo do “Charlie Sheen da filosofia” esloveno e uma crítica pontual de suas visões sobre o budismo.
Deep web, darknet, Tor: o lado escuro da internet
O que são criptoanarquia, deep web, jardins murados, darknet, Tor? Como funciona a anonimidade na rede, e que finalidades legítimas e criminosas ela pode servir?
7 filmes para você explorar o cinema da “nova onda” japonesa
Kurosawa pode realmente ser um grande diretor, mas a acusação usual é a de que ele fez cinema japonês “para exportação”, facilitado e palatável ao gosto ocidental. Já o cinema clássico Japonês, cujo maior expoente é Yasushiro Ozu, com seus enquadramentos fixos de 20 minutos sem cortes, é realmente um gosto adquirido.
Direta já: e se realmente colocássemos a mão na política?
O que é exatamente a Democracia Direta Eletrônica? Quais as vantagens e desvantagens de eliminar, em parte ou totalmente, o sistema de representação política?
Utopia, distopia e ficção científica
Particularmente com relação a como a tecnologia afeta nossa humanidade, a ficção científica tem nos preparado desde que Mary Shelley escreveu Frankenstein. Esse é o tema central desse gênero de literatura fantástica: seja ele mais crítico e desconfiado com a tecnologia, seja ele progressista, deslumbrado e propagandista com a mesma.
Etnocentrismo cavalar: não sabemos NADA sobre a Ásia
Pegue um grande erudito ocidental, digamos Umberto Eco, o que ele sabia sobre a Ásia era mais ou menos equivalente ao que você sabe. Talvez ele apenas desconfiasse mais da vastidão da coisa. E sim, isto é um etnocentrismo cavalar.
Criptografia, criptoanarquia e o problema de um milhão de dólares
O que é mais fácil: resolver um problema de matemática ou verificar a resposta ao mesmo problema feito por outra pessoa? Uma resposta para esta questão – acompanhada de uma demonstração e valendo para todos os problemas “fáceis” – vale um milhão de dólares e pode ter impactos vastos sobre a cultura.
Elitismo: de Paulo Coelho a James Joyce
Paulo Coelho diz que daria para resumir Ulisses, de James Joyce, a um twit... Dá para dizer mais que um twit disso?
Viciados em epifanias
Mais uma descoberta interior, uma revelação inusitada sobre nossa condição, uma comparação espertinha entre âmbitos tremendamente diversos que pareça iluminar nosso cotidiano de sentido profundo? Ou apenas mais um fast food de autoajuda hipster?
Cópia de arquivos na internet: um raciocínio em 7 pontos curtos
Sendo impossível impedir a cópia de material que não se quer ver copiado, esqueça imperativos supostamente éticos por um momento: foquemos na economia – o trabalho intelectual tem agora menos valor econômico. Isso é “bom”? Depende.
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1. ^ Contadas pelo Microsoft Word. O contrato é pelo número mínimo de palavras, o que eu escrever acima disso fica por minha conta, a não ser que o cliente queira estabelecer um limite superior.
2. ^ Isto é, o contratante pode publicar o texto no meio contratado pelo tempo que entender, em quantas edições quiser (caso seja material impresso), e eu reservo o direito de vender o texto para outros veículos — por gentileza em geral consulto o contratante antes de fazer isso, para evitar algum dano no relacionamento, especialmente se este for contínuo.
3. ^ Esta não é uma oferta de ghostwriting! Não faço monografias, dissertações, teses ou temas de casa que não sejam assinados com meu próprio nome — e que não fiquem publicamente disponíveis sob meu nome!
4. ^ Por que escrevi para o Papo de Homem, e por que não escrevo mais.
5. ^ Os 13 artigos que escrevi para o Portal Homem da Natura saíram do ar, mas em breve os publicarei na forma de livro
Osvaldo Aranha, 1086 Um dia na Lancheria do Parque
Caminhando pela Av. Oswaldo Aranha, um homem decide ser o primeiro a chegar e o último a sair da Lancheria do Parque. Partindo dessa experiência, este homem observa o funcionamento e os frequentadores de um dos mais clássicos estabelecimentos de Porto Alegre. Realiza-se, então, uma documental jornada pelo cotidiano de milhares de personagens porto-alegrenses.
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