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O Bate-Papo do Caroço de ir Além do Cair-a-Ficha

Bodisatva do funk carioca.

Tá ligado. Numa dessas O Cara tava zoando pra lá de Timbuctú, no Monte do Urubu. Tava comungando as morais c’uma penca de fãs de suas sacadas, tanto gentis das estreitas caretinhas quanto camaradinhas heróicos filantrópicos. Quando nada, O Cara ficou quieto e entrou numa noia desnoiada de dar sacadas sutilíssimas; e pimba! conectando direto no lance, o digníssimo Tô-Ligado-nos-Gemido-do-Mundo, o Mais Filantrópico dos Camaradinha, ao deixar cair a ficha bem fundo, se ligou: os tais cinco mingruis eram só liberdade, tava na cara!

Daí, ainda no lance da sacada supimpa dO Cara, Xaribão-Sangue-Bão intimou Tô-Ligado-Nos-Gemido-do-Mundo, o Mais Filantrópico dos Camaradinha: “Como as mina e os mano podia se ligá nessa de deixar cair a ficha bem no fundinho?”.

Tô-Ligado-Nos-Gemido-do-Mundo, o Mais Filantrópico dos Camaradinha, intimado assim numa boa, tascou-lhe na ginga: “Ô Xari, as mina e os mano que tiverem numas de deixá cair a ficha bem fundo devia tudo considerá esses lance: os tais dos cinco mingruis tão só nas da liberdade.

O jeitinho de todos lance tá na liberdade,
liberdade tá só no jeitinho de todos lance.
Liberdade nada mais é do que o jeitin’ de todos lance,
o jeitin’ de todos lance não é outro lance, é só na das boa.

Os otro quatro mingruis também dá tudo na mesma: os arrepio, os foco, as mutação e as viage são tudo soltura tumém. Daí é só sacar, Xaribão, que lance tudo é desanuviado e soltinho. No fundo, no fundo, não tem essa de lances que dá diferencial. Não rola brotá nem desbrotá. Não rola das suja nem das limpa. Não rola aumentá nem perdê. E é por essas memo, Xariba, no relax da intensidade não rola jeitin’ das xarpi, nem arrepio de comê quindim, nem foco de rodá patinete, nem transformação do patinete nas ideia, nem xarpi das ideia desses lance tudo; Não rola zarolho, abano, fuça, linguda, corpitcho ou das abstrata; não rola cineminha, barulhinho, bodum, dilícia, pegadinha e engrenagem na caixola; não rola casinha dosolho, nem das ideia, nem das sacada, nem xarpi das ideia das sacada; não rola asneira nem fim das asneira, nem rola velhote ou defunto, nem fim de velhote e defunto; e não tem pobrema, nem origem do pobrema, nem fim do pobrema, nem esquema pra acabá com o pobrema, nem grande sacação, nem pego nem sem-pego. Por isso, Xariba, já que os filantrópico-camaradinha não tem pego, joga tudo que joga só nessa da grande sacação. Como não tão cafuzo nas bobiça, não rola das medroza. Não viaja mais nos lance e saca tudo tudinho na boa boazinha sem apoquentá. Foi nas de deixar cair a fichoca que tudo que é Cara das passada, os do momento e os que ainda tá pra vir gabirulam definitivo e sem volta na zuruminguela das fucuda que daí brilha tudo holofote pras forevi. Entonces que agora é a hora, o mó refrãotilo de deixar cair a fichulina, o refrãoloco que liga direto, que na boa não tem como melhorá, o refrão-pá que esfuminha com tudi pobrema, e de que não se deve tirar pra poco, já que não rola 171. Te liga aí, ô sangue bão:

Aíííííííííííííííííííííí! Alé, Além,
Muito Alé das Além, Afu Além,
Potro Lado, diretaço, e é isso. Aí! Partiu!

“E era dessas mesmo, meu galo! É nas manha que os Mais Filantrópico dos Camaradinha deixa cair a ficha bem fundo, ô seu Xariba.”

Daí O Cara saiu daquelas sacadas violentas e rasgô a seda pra Tô-Ligado-Nos-Gemido-do-Mundo, o Mais Filantrópico dos Camaradinha, largando o verbo: “Aííííí, aííííí, mofo! É isso aí memo, Sangue-Bão. Falô e disse. É só deixá rolá a ficha rola pra baixo na boa como o carinha aí disse e Os-Que-Se-Ligam-Nos-Lance-Como-Tal-Que-Nem-É vão tudo se abri na boa!”

Quando O Cara tascou essa, Xaribão-Sangue-Bão e Tô-Ligado-Nos-Gemidos-do-Mundo-Sangue-Bão, o Mais Filantrópico dos Camaradinha, e toda aquela galera, e todo resto, os grandalhão lá de cima, as gente miúda lá de baixo, os brigão do meio, e os frufruzinho, tudo tudo partiram pro festerê tri ligado nos esquema que O Cara falou. Aí.

Texto de 1996, em Memórias do Neto de Dacum o Aborígene (outrora intitulado “c1ber%amanism0”), escrito uns dois anos antes de eu ir pela primeira vez a um centro budista. E não me digam que não me esforço para popularizar o darma!

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