Sugestão de Termo: “Nontologia”
Enquanto isso a nontologia budista segue seu joguinho de forma e vazio.
Ontologia é o ramo da filosofia que estuda o ente enquanto ente, e nada além disso. Isto é, o objeto da ontologia, característica central da metafísica, é um objeto que o budismo nega. O budismo propõe shunyata, vacuidade — isto é, não há algo independente (de observador, das aparências).
Alguns estudiosos não budistas, como Pugliananda, acreditam que o budismo é uma "ontologia de processo", no quais entes não são estabelecidos, mas existem em relação uns com os outros. Porém isto é levar o termo "ontologia" a um extremo descaracterizador. Ontologia, por definição, busca o que é fundamental ao ser — o budismo nega o fundamento ao ser. A existência relativa, aparência, o budismo certamente não nega — mas esta não é objeto da ontologia. Ontologia, para o budismo, é um ramo todo ele embasado em ignorância.
Por isso em 2012 cunhei (ou acredito ter cunhado) essa expressão "nontologia". Mais do que uma não metafísica, ou uma antimetafísica, o budismo (ou pelo menos a tradição madhyamaka) é uma negação justo do "ente enquanto ente", o objeto da ontologia.


Lógica modal e budismo
Uma resposta a seguinte colocação: “O conceito de mundo possível na lógica modal não refere-se a mundo no sentido físico. Dependendo da aplicação, um mundo possível pode ser uma situação, cenário, contexto, sistema, e por aí vai. É um conceito puramente abstrato. A teoria não requer que os mundos possíveis sejam algo criado por uma entidade superior, logo isso não é uma premissa da lógica. Além disso, penso que não tem muito sentido em falar de premissas da lógica, visto que premissas são objetos sujeitos à lógica e não o contrário.”

A noção de substância é autocontraditória
O budismo é uma “nontologia”, em que a noção de substância é reconhecida como um conceito inerentemente contestável, ou mesmo autocontraditório. Entre as noções de substância, a mais nefasta, no entanto, é a versão materialista.

Além do materialismo (material mesmo)
O materialismo é o principal problema para a compreensão do budismo, bem como para o florescimento humano e a sobrevivência do planeta. Ele tem justificação? Como combatê-lo internamente?

Por que estudar as feições da cobra falsa?
Epistemologia do convencional no budismo e uma analogia consagrada na literatura do Caminho do Meio.