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Notas sobre o Encontro Ocidente e Oriente na PUC-RS

O texto tratado nos dois vídeos abaixo é As três grandes ondas de distorção do budismo no ocidente.

Abaixo alguns complementos e considerações sobre coisas que eu falei, ou que falaram para mim, nos vários diálogos com a sala toda ou em grupos menores:

durante minha fala mencionei os seguintes livros (fora os que já estão na bibliografia):
Schneider, David. Street Zen, the Life and Work of Issan Dorsey (biografia d@ Roshi transexual)
Storr, Anthony. Feet of Clay (sobre as características de personalidade de gurus falsos, com exemplos)

ainda sobre gurus falsos, há um texto meu com recomendações de documentários a respeito

Escrevi uma crítica a premissas injustificadas na ciência, sem referência direta ao budismo.

Houve um comentário sobre renascimento como uma premissa injustificada no argumento que levantei sobre o que se chama "três fixações (ou apegos) a se evitar" (fixação em êxtase, fixação num estado de claridade, fixação num estado de não conceptualidade — sendo que a última produz aqueles renascimentos considerados indesejávels pelo budismo como animal ou deus da não forma). Sobre a posição do renascimento dentro da doxa budista — sobre estas fixações, recomendo as instruções de Padmasambhava no livro "Ensinamentos do mestre que nasceu do lótus" da editora Makara. Também há o tema de "doença de meditação" ou "doença zen", que se pode procurar em textos zen. O budismo classicamente foi acusado de ser "aniquilacionista", "passivo" ou "niilista", e essas acusações também tem a ver com certos defeitos de meditação e da compreensão da vacuidade como uma mera ausência — acusações perante as quais o budismo se defende enfaticamente em miríades de textos.

O trabalho que ganhou o prêmio de "melhor tese" da ANPOF no biênio 2014/2015 foi Giuseppe Ferraro. "'Verdade ordinária' e 'verdade suprema' como bases dos ensinamentos budistas no pensamento de Nãgãrjuna". Orientador: Leonardo Alves Vieira, UFMG: 2012.

Tive também uma breve conversa com o Prof. Sérgio sobre o livro de Pierre Hadot, "O que é Filosofia Antiga", porque em algum momento foi cogitado como tema para uma destas duas aulas eu falar de uma comparação entre algumas escolas da filosofia antiga (o estoicismo, o epicurismo e o pirronismo são as mais comparadas em trabalhos acadêmicos) e seus "exercícios espirituais" com o budismo. Eu declinei porque não é assunto que domino, mas também brinquei agora que "é coisa muito antiga", ao que o professor respondeu, espertamente, "menos antiga que budismo!" Eu quis dizer "morta", no sentido de ser estudado, mas não ser praticado — senão em tentativa privada sem um critério coletivo de "controle de qualidade" e, mesmo assim, não muito. Eu também indiquei que não considero essa comparação um RP muito bom para o budismo, mas é claro, todos concordamos que o curso não é uma promoção do budismo — embora, estritamente falando, divulgar os ensinamentos budistas é a única prioridade da minha vida. Tendo dito isso, eu acho ótimo que acadêmicos interessados façam seus trabalhos sobre quaisquer conexões que considerem apropriadas — não acho que isso seja qualquer ameaça ao budismo, ou ao bem estar dos seres, e é um diálogo que pode ser rico. Meu desinteresse pessoal advém do fato de reconhecer que os trabalhos acadêmicos que fazem essas comparações (especificamente essas com a filosofia antiga) não vem de budistas, praticantes budistas, ou pessoas com conexão com a linhagem, ou mesmo entendimento sofisticado do budismo — mas de meros acadêmicos. Outras conexões, como a conexão com Wittgenstein — algumas conexões com Hume e Kant — vêm dos dois lados, e isso parece particularmente interessante para mim. Também Heidegger foi mencionado, mas modo geral eu diria que a conexão de Heidegger com o budismo tem a ver com a segunda distorção mencionada em meu texto, e o faux zen de certas academias japonesas — que, friso, também estiveram vinculadas com o militarismo e o facismo no Japão. (O que nos leva a crer que tal conexão, que também é feita diretamente com Heidegger, talvez não seja tão incidental. O que não quer dizer que isso não possa ser estudado — também para ser criticado — e eu diria que essa conexão do pensamento alemão com o zen no início do século já tem sido explorada — internacionalmente na academia, nos últimos 20 anos, como um momento bastante infeliz para o budismo.)

Uma moça me perguntou sobre classificações de linhagens/escolas budistas. Um texto meu sobre o assunto é Taxonomias do Darma do Buda . Duas outras páginas no meu site falam sobre o assunto: Formas de Budismo e Conversa sobre sectarismos e conceptualização.

Sobre a questão da autoridade no budismo, eu referiria em princípio para os problemas gerais da epistemologia de testemunho e então a seção sobre testemunho na filosofia indiana clássica no artigo especifico sobre episteologia indiana na SEP, — como curiosidade, a epistemologia iorubá também tem uma justificação cogente de testemunho. Então temos a questão da transmissão do darma (isto é, estabelecer um discípulo digno de ser um reconhecido detentor dos ensinamentos) no zen (a sanga tibetana tem uma diversidade grande de formas de conferir transmissão/autorização). Também queria frisar que eu não estava falando na minha própria autoridade, que não existe — acho que ninguém entendeu assim, mas é bom deixar claro — mas a existência de autoridade (testemunho qualificado) de forma geral: isto é, existe um mecanismo interno ao budismo de credenciamento — e esse mecanismo tem todas as virtudes e desvirtudes comums a qualquer institucionalidade. Mas o importante é que ele existe. Também respondi ao longo do tempo algumas questões sobre isso: Hierarquia e estilos de vida.

Sobre tantra hindu/budista, um livro clássico é "Ioga, Imortalidade e Liberdade", de Mircea Eliade. É antigo, tem uns 60 anos de idade, e não tem um ponto de vista antropológico mais isento/moderno, mas é bastante bem pesquisado — é uma cornucópia de informação, e realmente faz um bom serviço ao descrever a diversidade do pensamento indiano. No contexto budista, um livro introdutório é "O Mundo do Budismo Tibetano: Uma Visão Geral de Sua Filosofia e Pratica" do Dalai Lama. Ainda sobre tantra budista, uma livro muito bom é "Introduction to tantra", do Lama Yeshe. Recentemente ouvi também esse episódio do podcast do Robert Thurman em que ele discute com outro professor (focado em sânscrito e hinduísmo, pelo que pude entender) alguns aspectos de práticas avançadas do tantra, comparando tradições budistas e hindus — achei bastante interessante.

Sobre "jogar fora o dicionário" e "ganhar a vida para quê, já que é tudo ilusão" — examinaremos nessa próxima aula como a vacuidade no budismo (acordar e reconhecer tudo como um sonho) não significa nenhum tipo de rejeição, seja à ética, à linguagem ou à comprar ração para a TataGata. Claro, examinaremos daquele jeito que consiste em levantar alguns termos na esperança de produzir uma interdependência com entendimento mais adiante, nesta ou em vidas futuras (se o budismo estiver certo e elas realmente acontecerem, é óbvio).


O texto tratado no vídeo abaixo é Filosofia da linguagem ocidental e vacuidade budista.

Amig@s,

Agradeço a oportunidade de ter participado do curso, e deixo essas recomendações de leitura/considerações finais:

A discussão sobre Platão me lembrou que o Geshe George Dreyfus apresentou uma ponto de vista platônico (inédito para os tibetanos), e sua respectiva refutação, durante o processo de colação de grau de Geshe numa das maiores instituições monásticas Gelug. O livro dele sobre o assunto é bastante interessante. Dreyfus, George. The Sound of Two Hands Clapping: The Education of a Tibetan Buddhist Monk

Sobre lógica e budismo:
Wayman, Alex. Millennium of Buddhist Logic
Perdue, Daniel E. Debate in Tibetan Buddhism
Perdue, Daniel E. The Course in Buddhist Reasoning and Debate: An Asian Approach to Analytical Thinking Drawn from Indian and Tibetan Sources
Rogers, Katherine. Tibetan Logic
Tillemans, Tom J. F. Scripture, Logic, Language: Essays on Dharmakirti and his Tibetan Successors
Stcherbatsky, TH. Buddhist Logic

Destes, o clássico de Stcherbatsky (escrito no ínicio do séc. XX) e o primeiro livro do Perdue são calhamaços de mais de 1000 páginas. Perdue conta ter escrito o segundo livro (o "Course") como um resumo a pedido de Sua Santidade o Dalai Lama, que viu o tamanho do primeiro livro, e embora o tenha louvado e considerado extremamente importante a publicação, achou que as pessoas podiam se sentir desencorajadas e pediu ao autor uma versão resumida.

Sobre budismo e não conceitualidade, e as muitas concepções errôneas em torno do tema, escrevi o seguinte texto Além dos conceitos, o intelecto visto como obstáculo.

Uma discussão sobre os diversos sentidos de silêncio no budismo pode ser encontrada no recente podcast do professor Robert Thurman. Também uma discussão sobre a função da razão no budismo está no livro já indicado na bibliografia, The Central Philosophy of Tibet.

Sobre harakiri intelectual (extremos epistemológicos, relativismo e ceticismo), a origem do conceito está em Lord, Daniel A. Intellectual Harakiri (1917)

Ainda sobre irracionalidade e violência, há um filme bom e divertido em que um assassino de aluguel segue o código samurai, Ghost Dog, de Jim Jarmush. Alguns trechos de ensinamentos budistas sobre vacuidade, encontrados no código samurai, aparecem como cartões de texto antes das ações criminosas do Forest Whitaker. O filme é interessante tanto por glorificar certa veia de faux zen (zen irracionalista, zen romântico, zen militarista), como por manter uma relação de mestre-discípulo ao estilo zen no contexto da máfia!

O documentário sobre Steve Jobs em que aparece o mestre zen dele que mencionei na primeira aula é "The Man in the Machine". É interessante repetir o comentário de que o "mistério", o irracionalismo romântico e a meditação numa mera ausência, ou indiferença, produz impactos bem claros no mundo — por exemplo, a indiferença "meditativa" de Jobs quanto aos trabalhadores asiáticos que explorava, enquanto seguia seu ideal de transformação do mundo pela tecnologia. Uma mistura da visão altamente tecnológica e "virtual" do capitalismo desenfreado com o faux zen de um "silêncio misterioso" (a reificação de uma experiência privada, real ou ilusória, que aumenta a separação/desconexão), parece ser justamente uma das causas da dissociação/alienação entre técnica e humanidade — pelo menos na prática, nos exemplos históricos, e na propaganda e criação do mito pessoal de Jobs. [após estas notas escrevi sobre o assunto em O Zen Canalha de Steve Jobs]

Quanto ao anarquismo budista, o texto essencial é o de Gary Snyder: "civil disobedience, outspoken criticism, protest, pacifism, voluntary poverty and even gentle violence if it comes to a matter of restraining some impetuous redneck".

Sobre ausência de eu e renascimento, recomendo novamente o meu texto sobre renascimento, cujo link já estava nas notas anteriores: Existe budismo sem renascimento? (é muita coisa para ler!)

Uma pessoa me perguntou por e-mail sobre como lidar com o universalismo (um dos temas do primeiro texto). Respondi que a postura que o Dalai Lama segue é a interessante: tem sabedoria por todo lado, até no que está errado (também porque é um exemplo ruim, digamos assim). O que se precisa preservar é a diversidade, entender que a alteridade não é um problema, e que visões diferentes podem ser complementares. O universalismo algumas vezes se apropria, "digere", o outro e não o respeita na sua tentativa de encontrar semelhança.

Num exemplo dramático e extremo desse tipo de questão, existe uma grande controvérsia atualmente no budismo tibetano com um grupo em particular acusando o Dalai Lama de uma postura sectária: a ironia é que o Dalai Lama, exatamente no esforço de união com todas as escolas budistas, particularmente as tibetanas, acabou criando tensão dentro de sua própria tradição-mãe com os grupos mais radicais e puristas ali dentro (que não se relacionam bem com o budismo em geral) o acusando de ser sectário por não coadunar com suas visões puristas! Situação delicada, que quem conhece sabe que o Dalai Lama tem que lidar em quase toda aparição pública desde 1974.

Semana passada saiu um texto meu em que discuto certos problemas de tradução do darma, inclusive a palavra "darma". Dificuldades na tradução do darma — darma tem uma peculiaridade semelhante ao das categorias filosofia/religião, que é que as palavras estão conectadas a estruturas sociais e jogos linguísticos próprios. Trata-se de uma alteridade incomensurável. Embora a polissemia de "darma" seja reconhecida na Ásia, as várias palavras que usamos para traduzir e dar contexto ao termo apenas tentam capturar parte da gama semântica que é bastante natural a um praticante do budismo, um hindu ou alguém que fale uma língua próxima ao sânscrito/páli. Isto é, o termo tem um sentido e uma aplicação cotidiana, para o usuário usual do termo, que é bastante direta (isto é, não é misteriosa) — e tem um ou dois usos técnicos no que se chama de "linguagem do darma", isto é, o jargão especializado dos eruditos em budismo na Ásia. Esses dois contextos requerem uma familiarização de boa vontade que ainda é rara no ocidente, que costumeiramente, e etnocenricamente, apropria e viola terminologia (como explicado no texto referente a primeira aula, no lento processo de 300 anos de tentativa de compreensão do darma pelo ocidente, e que evidentemente chega mais lentamente ao Brasil e à academia brasileira). Quanto ao meu texto sobre logos e darma, o escrevi em 2005, devido ao Dicionário Oxford de Filosofia mencionar o termo darma no seu verbete "logos". Envio em pdf se alguém pedir.

Se alguém acha interessante o estilo mais "poético", também ocasionalmente escrevo como um pós-moderno para me divertir: O cubo de necker no texto: polissemia, linguagem crepuscular e lógica paraconsistente

Agradeço a atenção de todos e espero que possamos todos ter incrementado a interdependência auspiciosa uns com os outros — bem como com alguns nomes e textos por que podemos vir a gerar o interesse de estudar e obter maior intimidade. Que todos que assim desejarem vivenciem o conhecimento direto da ausência de qualquer coisa independente, a liberdade perante qualquer lastro interno, e que expressa compaixão incessantemente. E que todos nós, independente disso, vivenciemos condições aprazíveis. (é costumeiro terminar atividades com aspirações, no budismo.)


Bibliografia sugerida

Budismo em geral
RAHULA, Walpola. 1974. What the Buddha Taught. Grove Press.
KHYENTSE, Dzongsar Jamyang. 2021. O que não faz de você budista? (What makes you NOT a Buddhist). Lúcida Letra.
PONLOP, Dzogchen. 2014. Buda Rebelde: na Rota da Liberdade. Lúcida Letra. (Contém instruções de meditação simples e claras).


Primeira aula: distorções no contato do budismo com o ocidente (dia 12/09)
MCMAHAN, David L. 2008. The Making of Buddhist Modernism. Oxford University Press.
LOPEZ, Donald S. 1998. Prisoners of Shangri-La: Tibetan Buddhism and the West. University of Chicago Press.
THURMAN, Robert A. F. 2000. A Revolução Interior: Vida, Liberdade e a Busca da Felicidade. Fissus.
HUTTON, Kenneth. 2014. Compassion in Schopenhauer and Santideva. Journal of Buddhist Ethics Vol. 21 http://blogs.dickinson.edu/buddhistethics/files/2014/12/Hutton-Schopenhauer.pdf
VICTORIA, Brian Daizen. 2006. Zen at war. Rowman & Littlefield Publishers, Inc.
SHARF, Robert H. 1995. Whose Zen? Zen Nationalism Revisited http://www.thezensite.com/ZenEssays/CriticalZen/whose%20zen_sharf.pdf
SATO, Kemmyo Taira. 2008. D. T. Suzuki and the Question of War. The Eastern Buddhist 39/1: 61–120 http://www.thezensite.com/ZenEssays/CriticalZen/Suzuki_and-Question_of-War.pdf
PINHEIRO, Eduardo. 2012. Slavoj Zizek, Velhacaria Hipster. http://www.papodehomem.com.br/slavoj-zizek-velhacaria-hipster/ (a versão em inglês do texto é mais completa: https://tzal.org/slavoj-zizek-hipster-quackery/)
TONKINSON, Carole. 1995. Big Sky Mind: Buddhism and the Beat Generation. New York: Riverhead Books.

Segunda aula: budismo e filosofia da linguagem (dia 19/09)
MONK, Ray. 1995. Wittgenstein: O dever do gênio. Companhia das Letras.
PINHEIRO, Eduardo. 2015. Filosofia: Forma de Vida e Passarela de Egos. Tzal.org.
WITTGENSTEIN, Ludwig. 1975. Investigações Filosóficas. [BRUNI, José Carlos, trad.] (Os Pensadores). São Paulo, Ed. Abril.
WITTGENSTEIN, Ludwig. 2001. Tractatus Logico-Philosphicus. [SANTOS, Luis Henrique Lopes dos, trad.] São Paulo, Edusp, 3a. ed.
THURMAN, Robert A. F. 1980. Philosophical Non-egocentrism in Wittgenstein and Candrakirti in Their Treatment of the Private Language Problem. Philosophy East and West, Vol. 30, No. 3, pp. 321-337. http://ccbs.ntu.edu.tw/FULLTEXT/JR-PHIL/thurman.htm
THURMAN, Robert A. F. 1991. The Central Philosophy of Tibet: A Study and Translation of Jey Tsong Khapa's Essence of True Eloquence. Princeton University Press.
HUDSON, H. 1973. Wittgenstein and Zen Buddhism. Philosophy East & West V. 23. pp. 471-481. http://ccbs.ntu.edu.tw/FULLTEXT/JR-PHIL/ew23260.htm
CANFIELD, John V. 1975. Wittgenstein and Zen. Philosophy, Vol. 50, No. 194, 1975, pp. 383-408.
ANDERSON, Tyson. 1985. Wittgenstein and Nagarjuna’s Paradox. Philosophy East and West Vol. 35. No. 2., pp 157-169. http://ccbs.ntu.edu.tw/FULLTEXT/JR-PHIL/anders2.htm
GARFIELD, Jay L. PRIEST, Graham. Nagarjuna and the Limits of Thought. Philosophy East & West Volume 53, Number 1 January 2003 1–21 http://www.thezensite.com/ZenEssays/Nagarjuna/NagarjunaTheLimitsOfThought.pdf

Esta é uma citação de Rigdzin Jigme Lingpa, mas por que é assim?tzal.org

Basta abrir a boca para cair em contradição

Esta é uma citação de Rigdzin Jigme Lingpa, mas por que é assim?
Sem um criador e sem uma ignorância com qualquer tipo de existência além de meras formações adventícias, como pode haver um mal verdadeiramente existente?tzal.org

Problema do mal no budismo? Não.

Sem um criador e sem uma ignorância com qualquer tipo de existência além de meras formações adventícias, como pode haver um mal verdadeiramente existente?
Usamos o idealismo para combater o realismo, e então abandonamos o idealismo também.tzal.org

O idealismo e o budismo

Usamos o idealismo para combater o realismo, e então abandonamos o idealismo também.
Algumas pessoas me perguntam como no darma não é relativismo quando se explica que um deva vê água como ambrosia enquanto que um preta vê lava. É simples: água, lava e ambrosia são, as três, projeções de seres ignorantes.tzal.org

Por que o darma não é relativista

Algumas pessoas me perguntam como no darma não é relativismo quando se explica que um deva vê água como ambrosia enquanto que um preta vê lava. É simples: água, lava e ambrosia são, as três, projeções de seres ignorantes.



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